Tratamento com injeções intraoculares

Um dos procedimentos mais realizados na Oftalmologia são as injeções de medicações no interior dos olhos, as injeções intraoculares. Existem diversos tipos de medicações que podem ser injetadas, mas as mais comuns são os anti-VEGFs Lucentis e Eylia, que combatem a proliferação de vasos e também diminuem inchaço na retina. Podem ser usados para tratamento de várias doenças diferentes, como retinopatia diabética, oclusões de artérias e veias da retina, degeneração macular relacionada à idade, entre outras.

Deve ser realizado em ambiente seguro e por profissional qualificado. Caso realizado de forma correta, normalmente o paciente quase não sente o procedimento, podendo na maioria das vezes ser realizado somente com uso de colírios como anestesia. Caso deseje, o paciente pode realizar esse procedimento sedado, ou seja, desacordado.

Geralmente, não há restrições após a injeção, mas é importante evitar potencial contaminação do olho no dia da injeção. Caso sinta algo diferente, você deve entrar em contato com seu especialista em retina. Observe principalmente os seguintes sintomas:

 Dor ou desconforto nos olhos

 Aumento de moscas volantes após o primeiro dia

 Maior sensibilidade à luz

Visão diminuída

Às vezes, após uma injeção intravítrea, você pode ter a sensação de que “algo está em seu olho” - pode ser uma reação ao iodo-povidona, que é usado para limpar o olho antes da injeção. Lágrimas artificiais (de preferência conta-gotas esterilizadas de uso único) podem ser usadas para ajudar a aliviar os sintomas de secura e irritação da superfície. Uma consulta de acompanhamento com o seu especialista em retina será agendada dependendo da doença a ser tratada, mas geralmente é cerca de 4 a 6 semanas após a injeção.


Injeções intravítreas frequentes

Uma questão que gera muita ansiedade nos pacientes é quantas injeções serão necessárias para tratar as doenças da retina. Injeções intravítreas muitas vezes precisam ser repetidos em doenças crónicas, como degeneração macular relacionada à idade, edema macular diabético e oclusão da veia da retina, que exigem consultas freqüentes.  Injeções frequentes são geralmente toleradas com segurança por vários anos.

A necessidade de repetir a injeção é determinada durante o exame clínico, muitas vezes com o uso de testes de diagnóstico, como tomografia de coerência óptica (OCT) e fluoresceína angiografia (AF). As pesquisas estão em andamento e, com sorte, fornecerão tratamentos de ação mais longa no futuro próximo. No momento, entretanto, é necessário que os pacientes tenham disciplina e compreensão que a maior parte das doenças da retina são crônicas e necessita de injeções durantes muitos anos. Com o passar do tempo de tratamento, normalmente o intervalo entre as injeções aumenta bastante, saindo da frequencia mensal durante as primeiras injeções, para a frequência de uma injeção a cada 12 ou 16 semanas.